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openSUSE Leap 42.1 - KDE

Sobre SUSE Enterprise Linux, openSUSE Tumbleweed e o openSUSE Leap

Bom dia pessoal.

Hoje gostaria de explicar um pouco sobre o que é o SUSE Linux e o openSUSE em suas duas versões e qual se adequa melhor a cada um de nós para diferentes propósitos.

1 – SUSE Enterprise Linux Server (ou apenas SLES)

O SUSE com certeza é uma de minhas distribuições Linux favoritas. O projeto é mantido pela organização Novell. O SLES – SUSE Linux Entreprise Server é uma das principais Distribuições para servidores (e não pode ser adquirida de forma gratuita, porém você pode fazer um teste de 60 dias). É uma Distro robusta, segura, versátil e com o programa Yast que funciona em modo texto no terminal ou em modo gráfico, e facilita bastante a criação e configuração de serviços que você quiser instalar nesse servidor, tais como DHCP, DNS, Firewall, FTP, Proxy, Web, Arquivos, Mail, NFS, Virtualização e etc.

Em suma, é uma versão para empresas que desejam obter um servidor com suporte e SLA (service level agreement), ou seja, com contrato de suporte com tempo determinado de atendimento e reparação em caso de algum problema.

A companhia é muito séria e possui um programa de profissionalização com treinamentos online e certificação em SUSE Linux também em diversos níveis conforme imagens abaixo. Para baixar o sistema no período de 60 dias de teste ou ter acesso aos treinamento é preciso se registrar no site.

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Portifólio de Soluções

Atualmente o Suse Enterprise Linux Server está na versão 12 – Service Pack 2, mas existe uma grande variedade de produtos para empresas, inclusive serviços como o de backup, virtualização e servidores na nuvem, e até a versão Enterprise para Desktops, com suporte, backup, restauração e etc.

suse-portifolio

2 – openSUSE:

É a versão gratuita do SLES e derivado dele, mas sem a obrigatoriedade do suporte dos mantenedores e gratuito para baixar e usar e não exige nenhum tipo de registro como no caso do SLES. O openSUSE agora se divide em dois tipos, o Tumbleweed (rolling release), e o Leap (upgrades fixos) e as duas possuem praticamente as mesmas funcionalidades do SLES.

Obs. Definição de Rolling Release: No mundo Linux, existem algumas distribuições com essa característica, como por exemplo, as baseadas em Arch Linux ou Gentoo, que significa que elas tem um ciclo de atualizações infinito, ou seja, existe um nome , mas não uma necessariamente uma “versão”. Você o instala e ele irá se atualizar, juntamente com os programas instalados, e “para sempre”.

2.1 – openSUSE Tumbleweed:

openSUSE1A distribuição Tumbleweed é uma versão rolling release do openSUSE e que contém as últimas versões estáveis de todos os softwares em vez de depender de ciclos fixos de lançamento periódicos. O projeto faz isso para usuários que querem o mais recente software estável, e não necessita de upgrades de versão, por isso o Tumbleweed não possui número de versão.
O Tumbleweed é baseado e atualizado através de softwares fornecidos pelo seu principal repositório e base de código de desenvolvimento do openSUSE, chamado factory.

Como Funciona o Factory?

Há um fluxo constante de pacotes que entram na factory (fábrica). Não há congelamento, por conseguinte, o repositório do factory não garante ser totalmente estável. Os pacotes de sistema centrais recebem testes automatizados via openQA.

Quando o teste automatizado é concluído e o repositório está em um estado consistente, o repositório é sincronizado com os espelhos de download e publicado como openSUSE Tumbleweed. Isso geralmente acontece uma ou duas vezes por semana.

A quem se destina o Tumbleweed?

Usuários avançados, desenvolvedores e contribuidores do openSUSE são recomendados a usar o rolling release Tumbleweed.
Usuários conservadores que precisam apenas de um sistema de trabalho (“que nunca possa apresentar algum problema, não precise consertar nada”) são aconselhados a permanecer com a versão estável normal.

2.2 – openSUSE Leap:

openSUSE2Por quê esta versão surgiu?

Existe o tipo de usuário de Desktop tradicionalista, empresas e desenvolvedores, que desejam manter o sistema operacional com os repositórios padrão, o que trará as versões estáveis dos programas. E também existem muitos, incluindo também empresas e colaboradores, que desejam mais opções de softwares, versões mais recentes dos programas. No caso do openSUSE ele tem uma versão para cada perfil de usuário. O Tumbleweed para quem quer os softwares mais recentes, e o Leap criado para quem quer os mais estáveis.

O openSUSE Leap é o “estável”, ou seja, a versão padrão, e o sucessor da versão 13.2, e continua com o modelo de upgrades fixos periódicos.
No entanto, ele trouxe uma nova forma de construir o openSUSE, tornando-a em um tipo de distribuição Linux híbrida unindo o “estável” ao “novo”.

A Fusão da Estabilidade com a Novidade

Fusao

O Leap, é um projeto que buscou unir os 2 perfis, manter a estabilidade com o kernel do SLES, e adicionando repositórios que fornecem versões estáveis mais recentes dos programas. Por isso é considerada uma distribuição híbrida.

Segundo o site do openSUSE:

“openSUSE Leap é uma nova forma de construir openSUSE e é um novo tipo híbrido de distribuição Linux. O Leap usa o kernel e o código fonte do SUSE Linux Enterprise (SLE), o que dá Leap um nível de estabilidade incomparável com outras distribuições Linux, e combina isso com a evolução da comunidade para dar aos usuários, desenvolvedores e administradores de sistemas a melhor experiência de Linux disponível. Houve esforços por Colaboradores e empresas para que Leap preenchesse uma lacuna entre os pacotes maduros e pacotes mais recentes encontrados na outra distribuição do openSUSE chamada Tumbleweed.”

A primeira versão do Leap foi 04 de novembro de 2015, com o lançamento do openSUSE Leap 42.1 . A série de Leap 42 é esperada a alcançar um número estimado de 36 meses de atualizações de manutenção e segurança.

Ele protege o futuro do openSUSE, proporcionando uma opção mais estável para os usuários. Ao basear o openSUSE em SLES (SUSE Linux Enterprise Server), o kernel da Leap será mantida por engenheiros SUSE. Isso significa que ele vai conter correções e atualizações de segurança a vindas do SLES.

Nomenclatura do Leap

Porquê o Nome é Leap e o Número de Versão Começa com 42?

Leap significa salto em inglês, então indica que seria um “salto” do sistema. Sobre o número de versão 42.1, segundo o pessoal do projeto:

“A estratégia de nomenclatura é SLE 12 SP1 ou 12.1 + 30 = openSUSE 42.1 Leap. Muitos têm perguntado por 42, mas SUSE e openSUSE têm uma tradição de iniciar grandes ideias com um quatro e dois, uma referência ao Guia do Mochileiro das Galáxias.”

Obs. (O Livro que pode ser encontrado facilmente para comprar em qualquer livraria e online também).

A quem se destina o openSUSE Leap?

Esta pode se dizer que se destina a quem prefira um sistema de trabalho que funcione bem, a quem não quer correr riscos, ou não quer em algum momento ter que realizar algum reparo, caso seja necessário.

Ambiente Desktop e Programas de Todas as Versões

Todos os citados acima desde o SLES, até o openSUSE Tumbleweed e Leap, possui opção, durante a instalação de escolha do ambiente desktop que você deseja usar e até se desejar instalar mais de uma é possível na instalação. Os principais oferecidos são o KDE e o Gnome, mas você poderá escolher pelo XFCE entre outros na instalação.

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yast-logo

Logo do Yast

Ele vem com alguns programas padrão adicionados dos programas que o ambiente desktop que você escolheu traz. Mas você poderá adicionar ou remover programas durante a instalação, marcando caixas de seleção por pacotes ou por categorias, (como games por exemplo), incluindo módulos do Yast para o servidor ter serviços específicos que você gostaria, mas após a instalação você pode adicionar esses serviços com um clique através do Yast, e todas as versões vem com o Yast instalado.

Download

Download SLES 12 SP2 Download Tumbleweed openSUSE Leap 42.1

Conclusão

O openSUSE é fantástico, e eu já tenho servidores que usam o Leap 42.1, e desktop também.
Se você ainda não usa, creio que vale a pena testar.

Eu recomendo!

Abraços,

Cleuber

About Cleuber

Cleuber Silva Hashimoto. Administrador

2 comments

  1. Parabéns pelo post. Cleuber, eu já instalei o Leap com triboot W10+Ub16+Leap. Toda vez que o Ubuntu atualizava o kernel e refazia o grub, a entrada do Leap sumia. Acho que é por causa do btrfs. Acabei desinstalando o Leap porque dava trabalho recuperar o grub do Leap pelo live-CD-Leap. Como resolver?

    • Opa Carlos, bonito Triboot aí!
      Eu tenho um “pentaboot”…kkk. O que eu faço é o seguinte, quando instalo um sistema operacional Linux em uma partição, na instalação eu não instalo o bootloader dele. E na distro principal, ou primeira instalada, eu edito o grub (no meu caso o burg), para que tenha a entrada do novo sistema instalado. Assim, quando algum sistema sofre atualização de kernel, eu apenas edito o grub/burg dele alterando a versão do kernel daquela entrada. Tenho 2 destas distros que são rolling release, que é o Sabayon (derivado do Gentoo) e o Apricity (derivado do Arch Linux), nestas 2 distros, por serem rolling release, não preciso fazer nada quando elas recebem upgrade de kernel!
      Abraço.

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