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Review Linux Mint 18.3 – Sylvia

E aí galera beleza?

Hoje um review da distro que é uma das melhores distros desktop de todos os tempos, e uma das mais usadas, na verdade a mais popular segundo o ranking da Distrowatch.com. Estou falando do Linux Mint (pronuncia-se “mint” mesmo). É o famoso Linux Menta ou Hortelã!!! 🙂

A versão é a 18.3 lançada no final de 2017, e que agora eu pude analisar e comprovar porque o Mint é realmente uma das distros mais populares entre os usuários de Linux.

Então prepare-se para o melhor review do Linux Mint que você já viu! Foram 3 dias de análise e edição e um conteúdo equivalente a uma apostila de mais de 60 páginas em um único post repleto de imagens e descrições!

Estrutura do Review

Este review está categorizado pelas seguintes seções:

Introdução
1 – Aparência e Funcionalidades 4 – Hardware Desempenho
2 – Configurações do Sistema 5 – Programas
3 – Funcionalidades de Produtividade Conclusão

Introdução

Um pouco sobre o Linux Mint

O Linux Mint foi lançado em 27 de Setembro de 2006. Ele é baseado em Ubuntu, mas desde o lançamento vem com a missão de vir com diversos aprimoramentos para trazer um Desktop mais prático e pronto para o uso, intuitivo, altamente customizável (como a maioria das distros são), e atrativo para quem está iniciando no mundo Linux. E talvez por isso ele seja tão popular. Com quase 12 anos de desenvolvimento, ele se encontra em um nível de maturidade e estabilidade excelente.

Os 2 Ambientes Desktop Exlusivos do Mint

Esta distro surgiu um pouco após o nascimento do Gnome 3, onde ela criou um ambiente desktop baseado em Gnome 2, chamado MATE para manter em geral a aparência e funcionalidades do Gnome 2 e “algunas cositas más” e outro ambiente baseado em Gnome 3 chamado Cinnamon que mantém a aparência do Gnome 2 também e com muitos recursos e também coisas a mais. Então temos duas opções de download do Linux Mint, sendo eles o com o ambiente MATE e com o Cinnamon (sim, canela e mate).

Em geral o público considera o ambiente Cinnamon melhor e mais moderno, e o MATE, mais leve. Mas de qualquer forma, o Cinnamon é também um ambiente muito leve (e o MATE mais ainda).

Cinnamon:


MATE:

Obs. Ele também vem com opções de download com outros Ambientes Desktop, o KDE e o Xfce.

Baseado em versões LTS do Ubuntu – versões estáveis e de suporte de longo prazo.

Poucos anos atrás, o Linux Mint mudou sua estratégia de lançamento. Eles agora contam com o núcleo dos lançamentos do Ubuntu LTS como base para o seu sistema operacional. E isso está funcionando muito bem para eles. Como o Ubuntu LTS (suporte a longo prazo) fornece atualizações de segurança e manutenção até 5 anos e já está baseado em uma base sólida definida pelo Ubuntu, ele oferece aos desenvolvedores do Linux Mint o espaço suficiente para “respirar” um pouco e concentrar-se totalmente no que eles fazem melhor: o desenvolvimento de sua incrível shell de desktop e outras aplicações nativas do Linux Mint.

Agora, tanto o Linux Mint 18 Cinnamon quanto o Linux Mint 18.3 MATE são baseados no Ubuntu 16.04 LTS, no entanto, o Linux Mint 18.3 é baseado no atualizado Ubuntu 16.04.3 LTS.

Review do Linux Mint com Ambiente Desktop Cinnamon

Meu reviews geralmente costumam mostrar além do óbvio. Claro que é preciso mostrar que ele tem um menu, uma barra, um desktop e etc, mas eu gosto de cobrir as funcionalidades e recursos que cada distro apresenta e hoje não vai ser diferente. Começaremos com o básico e depois vou cobrir tudo o que ele oferece, o que falta e o que poderia ser melhorado.

Então vamos ao Review.

1 – Aparência e Funcionalidades

1.1 – Tela de Login

A tela de login é mesma do Ubuntu usando o Lightdm, portanto fornece uma interface de login muito bacana, com aqueles pontinhos característico.

1.2 – Desktop

Como você percebeu ele tem um aspecto bem “clean”, com o wallpaper padrão do Mint, que acompanha a distro desde o começo, mas com algumas variações e é sempre muito bonito com o logo em 3D e com reflexo.

1.3 – Menu

O lançador de aplicativos, nome oficial “Menu” (do Cinnamon) possui categorias de aplicativos e atalhos no lado esquerdo, barra de busca na parte superior e os programas na área principal do lado direito. Ele é acionável através da tecla “super” do teclado (tecla Windows), e logo depois de acioná-lo você poderá navegar entre as categorias de aplicativos do lado esquerdo até encontrar o que deseja ou apenas digitar o nome do aplicativo diretamente que ele irá filtrar e encontrar para você.

1.4 – Tela de Boas Vindas

Sempre que você faz login aparece a “Tela de Boas Vindas”, algo exclusivo do Mint e que é uma idéia fantástica que eu acredito que seria bom se existisse nas outras distros. Essa tela te dá acesso rápido a diversas tarefas e informações do sistema e se você desejar você poderá escolher que ela não apareça mais.

1.5 – Tema de Janelas e Ícones

Hoje em dia o tema de janelas e tema de ícones recebem o nome de Mint-X, mas eles surgiram de aprimoramentos em temas no qual eles se baseiam, ou seja, não foram criados do zero, são avanços baseados em temas já existentes como o tema de ícones Faenza. De qualquer forma, os temas são bem elegantes.

1.5.1 – Tema de Janelas

O tema de janelas possui um degradê de cinza com linhas e contorno muito bem definidos e acabados, coisa que não vemos em qualquer tema. Os controles são pequenos e simples seguindo o tema de janelas que fornece textos com aparência de relevo lapidado.

1.5.2 – Tema de ícones

O tema de ícones também é muito bem acabado, colorido e o formato dos ícones são geralmente quadrados com desenhos em 3D, que lembra muito um conjunto de balas coloridas que dá um charme especial ao Mint e permanece desde o começo fornecendo a identidade visual desta distro.

Derivado deste:

1.6 – Painel (Barra de Tarefas)

A mesma possui do lado esquerdo o menu, depois em seguida alguns atalhos, depois a área onde os aplicativos em execução são mostrados, e depois no lado direito (bandeja do sistema), temos os applets, que são como os “indicators”. São eles, o relógio, o ícone de usuário que permite encerrar a sessão, desligar e etc, o de som, que permite controlar o volume, a faixa da música que estiver tocando e configurar o som, o de rede que permite controlar/configurar a rede, e o gerenciador de atualizações. Clicando com o botão direito do mouse sobre uma área vazia do painel tudo isso pode ser customizado, removido, adicionado, mudado de posição e tema e até adicionado outro painel em outro canto do desktop.

Ao habilitar esse controle “Modo de edição do painel” é possível mudar os applets de lugar.

1.7 – Papéis de Parede

A coleção de papéis de parede ou wallpapers, é muito boa. Além dos wallpapers desta versão Sylvia, você pode visualizar os de versões anteriores. Nesta versão temos os com aparência padrão do Mint (que são muito elegantes, diga-se de passagem) e outros de paisagens..

2 – Configurações do Sistema

Um dos mais completos aplicativos de Configurações do sistema que existe, perdendo apenas para o KDE, (que daí não tem comparação, pois o KDE lhe permite configurar muito mais coisas). Apesar de se parecer com a tela de configuração de outras distros como o Ubuntu por exemplo, ele já traz diversas opções a mais.

Por exemplo em Aparência, temos o primeiro ícone chamado “Efeitos”, depois “Fontes” e “Temas”. Geralmente em outras distros esse tipo de ajuste é feito através de outros programas que o usuário precisa instalar. Aqui eles já estão lá.

Outros destaques são “Proteção de tela”, “Extensões”, “Mini Aplicativos”, “Desklets”, e “Cantos de Atalho” e já vou falar deles um a um.

Personalização

O Linux Mint tem se destacado pelos desenvolvedores atenderem solicitações de usuários e fornecerem funcionalidades facilmente configuráveis através de itens presentes no Configurações do Sistema. Não irei abordar todos os itens, mas falarei dos que julguei serem destaque do Mint.

2.1 – Temas

Quer alterar o tema de ícones ou de janelas?

Basta ir na seção Aparência > Temas

E então você poderá alterar o tema de ícones, janelas, controles, ponteiro do mouse, e da Área de trabalho que muda o tema do painel e menu.

Na aba do meio você poderá baixar temas populares da internet e aplicar novos temas também. (show).

Na terceira aba, Configurações, você poderá alterar para um tema escuro, mostrar ícones nos menus e em botões.

2.2 – Efeitos

Deseja alterar os Efeitos das ações no Desktop? Ou apenas desativar os efeitos em determinadas ações?
Tais como: minimizar, maximizar, mudar de área de trabalho, trocar de janela com Alt+Tab e etc.

Basta ir no item Efeitos:

Ele também usa perfis de efeitos, que traz um conjunto pré-configurado de estilos de efeitos. Muito legal.

Em Personalizar, se desejar fazer um conjunto de efeitos do seu jeito, basta escolher aqui o efeito para cada ação e o tempo de duração de cada um.

2.3 – Janelas

2.3.1 – Aba Barra de Títulos

Este item permite alternar onde você deseja que fiquem os botões de minimizar, maximizar e fechar nas janelas, se no lado esquerdo ou direito, bem como as ações de duplo clique, ou com o botão direito ou do meio do mouse na barra de título das janelas.

2.3.2 – Aba Comportamento das janelas

Nesta aba você poderá mudar o foco da janela. Por exemplo, a opção padrão que faz com que ao clicar em uma janela para que ela seja a janela ativa, poderá alterar para apenas passar o mouse por cima dela para que ela seja ativa. (eu não costumo mudar essas opções).

Na seção abaixo “Mover e redimensionar janelas”, você poderá mudar o botão que segura para mover as janelas (por padrão é Alt), entre outras opções.

2.3.3 – Aba Alt + Tab

Nela você pode alterar a animação que aparece quando faz o Alt+Tab entre outras ações relacionadas.

Seu Alt+Tab pode sair da exibição tradicional e se tornar 3D se desejar.

2.4 – Área de Trabalho

Aqui, em suma, você pode escolher que ícones deseja que sejam exibidos em sua área de trabalho e em qual tela, se usar mais de uma ou em todas as telas.

Por padrão ele exibe estes acima, mas você pode ativar a exibição dos ícones rede e lixeira também.

Obs. Interessante ele reconhecer o HD externo da Seagate e o ícone ser idêntico ao dispositivo. 🙂

2.5 – Applets

Esses são aqueles mini aplicativos que aparecem no painel. Na aba Downloads, você poderá baixar os mais populares e na primeira aba Gerenciamento, poderá escolher quais quer que estejam ativos. Por padrão o Mint já vem com os mais básicos instalados, rede, som, relógio, sessão e bateria, mostrar área de trabalho, menu e etc.

2.6 – Extensões

Este item fornece funcionalidades e efeitos adicionais ao Mint. Por exemplo, você poderá adicionar a extensão “Transparent Panel” que irá fazer com que o painel fique transparente ou semi-transparente ao seu gosto, e totalmente opaco quando maximizar uma janela. (igual ao que o Elementary OS faz por padrão). Ou instalar o Desktop Cube, que gera a animação de cubo quando você alterar entre os Espaços de Trabalho usando as teclas “Crtl+Alt+seta para o lado”. Ou o Flipper que faz a mesma coisa, com um efeito diferente, entre muitas outras. Mas cuidado, pois nem todas as extensões funcionam para a mais nova versão do Linux Mint.

2.7 – Proteção de Tela

Aqui um item muito bacana, pois nem todas as distros vem com esse item eu suas centrais de configuração, pois geralmente não possuem o programa “Xscreensaver” instalado nem os temas de protetores de tela. No Mint é diferente, ele já vem com diversos temas instalados, e basta você escolher um. Inclusive os meu favoritos já estão lá, como o AntSpotlight (formiga 3d), Atlantis (Aquário), e GLMatrix, que é a animação dos códigos do filme Matrix, caindo em animação 3D. E isso é muito legal.

Ele além de tudo te mostra um preview da animação, o que é legal demais.

Você poderá escolher ainda nas abas Configurações e Personalizar diversas opções como tempo inativo para animação, solicitação de senha para retomar, fonte e etc.

Depois de escolher o seu, para visualizar funcionando, basta “fingir que vai dar uma saidinha” e bloquear a tela com as teclas “Ctrl+Alt+L” (risos).

2.8 – Plano de Fundo

Porquê eu falaria deste item se todas as distros tem ele? Simples, porque nem todas tem um slideshow de wallpapers embutido. No KDE vemos essa função e ela é bem mais completa, mas no Mint ela vem também, de forma simples, mas está lá. Você pode então definir um papel de parede estático ou configurar para que ele troque seu wallpaper, vindos da pasta de imagens que você escolher, de acordo com o tempo que desejar.

Na escolha de wallpaper estático você tem a coleção desta versão, mas poderá escolher nos wallpapers das versões anteriores do Mint (ideia muito boa também).

Ou poderá ativar o Slideshow na aba Configurações.

2.9 – Contas Online

Este Item foi aprimorado, tendo agora embarcado mais controles para cadastro de suas contas online, confira a lista abaixo:

Neste item eu peço licença para falar um pouco mais, pois encontrei problemas, e proponho uma solução alternativa.

O problema:

No Mint, muito mais conectores estão presentes e isso é muito bom, exceto que nem todos funcionam. 😛

Eu adicionei minha conta do Google, Hotmail, Yahoo, e-mail corporativo via IMAP, e Facebook (mas adição do Facebook não funciona, não sei porque).

O que Funciona?

Quando você adiciona sua conta do Google, o Nemo (navegador de arquivos) cria uma pasta com o nome do seu e-mail do Google, e quando você clica nela, ele a “monta” e exibe o conteúdo do seu Google Drive. Mas se no conteúdo houver imagens, ele não carregará as miniaturas. De qualquer forma, é uma funcionalidade muito bacana para ler salvar documentos no seu Google Drive de forma fácil!

Enviar arquivos por e-mail: Se seu cliente de email padrão for o seu navegador padrão, quando você desejar enviar um arquivo por e-mail, basta clicar com o botão direito sobre ele e escolher a opção “enviar por e-mail, e ele abrirá uma aba de seu navegador com sua conta de e-mail do Gmail por exemplo, e o editor de e-mail do Google, daí basta enviar. Se seu cliente de e-mail padrão for o Evolution, ou o Thunderbird, ele fará a mesma coisa chamando estes aplicativos. Isso foi muito bacana.

Lembre de escolher a opção que preferir indo nas Configurações do Sistema, Aplicativos Preferenciais.

Cadê os Apps que se Conectam a esses Serviços?

Os aplicativos que terão acesso as suas contas online cadastradas são esses da imagem abaixo. Mas o problema é que eles não vem instalados (a maioria são os apps do Gnome – Calendar, Contacts, Documents, Maps e Photos) e o cliente de e-mails Evolution. Por isso eu os instalei. O Linux Mint não vem com aplicativos que automaticamente leem suas contas online cadastradas e te coloca conectado a elas.

Após instalar esses apps “por fora”, eu testei a conexão deles com minhas contas online cadastradas.

O Gnome Calendar não exibiu nem sincronizou minha agenda do Google, e quando eu clico em Contas-online no app, nada acontece (eu até criei um evento para ver se aparecia e nada aconteceu). O Gnome Contacts também não exibiu meus contatos do Google e quando eu clico em Contas online no app nada acontece. (Parece que esses dois funcionam apenas com agenda e contatos locais e não de sua conta do Google).

Já o Gnome Photos e o Gnome Documents funcionaram mostrando o conteúdo do meu Google Fotos, e os documentos no Google Drive. (isso mostrado abaixo são todos arquivos online).

Embora o Gnome-Photos tenha funcionado, eu não gostei nada do app (não é culpa do Mint e sim do Gnome), pois demora para carregar as imagens, ele não salva em cache, ou seja, toda vez que você abrir o app, ele irá tentar carregar a exibição de suas fotos, a aba “Álbuns” e “Favoritos” não funcionam, e muitas vezes ele não consegue carregar as imagens ficando assim:

Obs. Apesar dos problemas não serem culpa do Linux Mint, creio que pelo fato do item “Contas Online” permitir e indicar a vinculação de suas contas com tais apps, os mesmos ou outros substitutos deveriam vir ou funcionar no Mint. Realmente algo que precisa melhorar.

Por exemplo no Elementary OS, temos o calendário nativo do sistema que se sincroniza com seu calendário do Google perfeitamente.

Solução Alternativa

Esqueça o item “Contas Online” e o apps que instalou e não funcionam corretamente. Se você deseja mesmo ver sua agenda online do Google, Fotos e etc, eu tenho uma sugestão: Google Chrome web apps.

Para o Google Photos, você pode criar um app do Google Chrome que abre o Google Fotos. (Depois de instalar o Chrome, fazer login no Google, abrir Google Fotos, Usar o botão de menu do lado direito da barra de pesquisa, ir em “Mais Ferramentas” / “Adicionar à Área de Trabalho”).

O mesmo pode ser feito em todos os apps do Google (gmail, agenda, e etc) e outros sites que desejar como o Facebook por exemplo.

Depois basta abrir os apps normalmente que eles serão abertos “janelados” com apps mesmo.

Repare que mesmo que você remova os atalhos da Área de Trabalho, eles ainda estarão presentes no menu do sistema.

2.10 – Tela de Login

Este item permite que você configure a Tela de Login e se tornou ainda mais personalizável que antes.

Opções foram adicionadas para login automático, portanto, se você for o único, pode configurar o seu computador para efetuar o login sem solicitar senha.

Os usuários do LDAP irão apreciar a capacidade de ocultar a lista de usuários e digitar os nomes dos usuários manualmente.

Vários elementos da interface do usuário, como os indicadores do painel, agora mostram dicas de ferramentas e podem ser ativados/desativados nas preferências. A opção de ativar o Numlock no boot também foi adicionada.

3 – Funcionalidades de Produtividade

Aqui mais alguns itens das Configurações do Sistema que falarei separadamente pois tratam de fornecer funcionalidades para fazer o uso do Desktop mais prático.

3.1 – Cantos de Atalho (Hot Corners)

Aqui você poderá configurar as ações que acontecem no seu Desktop quando você passa o ponteiro do mouse em algum canto da tela a configurar. Gostei do tempo de resposta deles.

3.2 – Desklets, ah os Desklets…

Os Desklets são como os Screenlets, ou seja, são widgets para a área de trabalho. Eles fornecem geralmente visualizações de data, hora, carga de cpu, memória, espaço livre em disco, previsão do clima e muito mais. No item Desklets, você poderá baixar os mais populares, depois adiciona-los à sua área de trabalho, e configurá-los alterando posição, tamanho, transparência, inserindo o nome de sua cidade para previsão do tempo e etc.

O resultado pode ficar assim:

Obs. Adicionei uma dock em baixo e coloquei o painel em cima. Os itens do lado direito são os Desklets.

3.3 – Progresso da Janela

Essa é mais uma novidade do Mint 18.3. Graças ao LibXapp agora permite que os aplicativos comuniquem seu progresso ao gerenciador de janelas. Esse recurso é chamado de “progresso da janela” e é suportado pelo Cinnamon 3.6.

Quando um aplicativo o usa, seu progresso está visível na lista de janelas do painel, repare na imagem abaixo, o ícone da janela no painel, com porcentagem e ilustração do progresso.

No Linux Mint 18.3, o progresso da janela é suportado pelas seguintes aplicações:

  • Nemo (operações de arquivo)
  • A Ferramenta de Backup
  • Mudança de horário
  • O Gerenciador de Software
  • Drivers Manager
  • O USB Stick Formatter
  • O USB Image Writer
  • Qualquer aplicação que faça uso de diálogos Synaptic (Configurações de Idioma, Gerenciador de Atualizações, Fontes de Software …)

4 – Hardware e Desempenho

Reconhecimento e estabilidade de hardware

O reconhecimento de hardware é excelente. O Mint conseguiu configurar automaticamente todo o meu hardware. Não tive problemas. O brilho da tela, o estado do adaptador de rede sem fio e etc, foram restaurados para o estado previamente definido sempre que eu realizava um novo boot.

Assim como a maioria das outras distros, os drivers de GPU proprietários não vem instalados por padrão, mas isso é facilmente mudado no item Gerenciador de Drivers da Central de Configurações, que eu mostrarei logo abaixo.

4.1 – Drivers

No item Gerenciador de Drivers do Configurações do Sistema, podemos instalar drivers proprietários.

Antes:

Repare acima que no comando “screenfetch” a GPU mostrada é a “Mesa DRI Intel Haswell Mobile”, ou seja, a CPU, processador Intel que está renderizando os gráficos ao invés de minha GPU NVidia. 

Depois:

Obs. Repare que agora é mostrado no comando “screenfetch”, a GPU como sendo a “GeForce GTX 950”.

4.2 – Monitor / Telas

Aqui uma coisa muito boa é que podemos configurar múltiplos monitores tranquilamente. Tudo funcionou de primeira, mesmo quando eu estava apenas instalando o sistema. No item “Monitor” das Configurações, podemos definir as posições, escala, rotação e definir o monitor principal, e este último recurso é o meu favorito, pois só as Distros mais caprichosas adicionam esse botão.

No meu caso, o monitor principal é o da direita, então o Painel, Desklets, Dock e etc, ao configurar ficarão lá.

4.3 – Impressoras

Não houve problemas na instalação das impressoras usando o cliente gráfico do Cups. Mas faltou aquele aplicativo que gerencia as impressões enviadas. Para que, por exemplo, eu conseguisse cancelar uma impressão que travou, eu tive que abrir o Cups no navegador web (o link te levará ao cups web de sua máquina), e cancelar o trabalho.

Impressoras de rede Branco e preta e colorida instaladas de forma fácil.

4.4 – Desempenho

Com o ambiente desktop Cinnamon ele fica no padrão do Ubuntu, mas para máquinas mais antigas recomenda-se o ambiente MATE que tem o consumo menor de recursos.

4.4.1 – Uso de Memória

Apesar de estar bem mais alto que sua versão 18, ele ainda é um pouco menor que o Ubuntu, cerca de 3.7%.

4.4.2 – Uso de CPU (quando ocioso).

Como você pode ver, o Cinnamon 3.6 fez um excelente trabalho enquanto estava em estado ocioso. Somente o aplicativo ‘monitor do sistema’ usou 1% da CPU aqui e ali, e o resto dos aplicativos deixa a CPU livre. Muito bem feito.

4.4.3 – Tempo de Boot

O Linux Mint 18.3 é um pouco mais rápido que o Linux Mint 18 (5,4%), mas comparado ao Ubuntu 17.10 é 21,8% mais rápido.

4.4.4 – Tempo de Shutdown

Melhorou bastante em relação a versão 18, e é pouca coisa maior que no Ubuntu 17.10.

5 – Programas

5.1 – Visão Geral dos programas embarcados

O Linux Mint Cinnamon vem com o Firefox como navegador web padrão, Gnome Terminal, Navegador de Arquivos Nemo, e um conjunto de aplicações chamadas “X-Apps” que é o conjunto de apps do Mint e seus nomes comçam com “X”, como o editor de texto chamado Xed, Reprodutor de vídeos Xplayer, Visualizador de imagens Xviewer, de documentos pdf Xreader. Ele também vem com muitos outros embarcados, tais como,  o player de áudio, o Rhythmbox, chat o Pidgin, cliente de e-mail Thunderbird, suíte de escritório com o Libre Office,  e outras ferramentas como a calculadora, central de programas, Gerenciador de pacotes Synaptic, e instalador GDebi, analisador de discos Baobab, Ferramenta de Backup, Timeshift e alguns outros.

Em geral, o conjunto de aplicativos é muito bom, com destaque ao fato de vir instalado o Gerenciador de pacotes Synaptic, Gedebi, Baobab (analisador de uso de disco), ferramenta de backup, e conjunto de escritório Libre Office, que nos poupam de ter que instalá-los.

5.2 – Nemo

O Nemo é o navegador de arquivos (ou gerenciador de arquivos) padrão e exclusivo do Mint. Em minha opinião não é o melhor navegador de arquivos que eu já usei. Em comparação com outros, creio que o Deepin Files, Pantheon Files, Dolphin (do KDE), são superiores em termos de funcionalidades, mas assim como a distro do Mint toda, o aplicativo veio para oferecer algo simples e leve e o Nemo cumpre bem esse papel.

No menu Editar > Plugins, podemos ver os plugin que trazem as funcionalidades descritas conforme imagem abaixo. A visualização delas dessa forma também é uma novidade da versão 18.3.

O que eu gostei foram alguns recursos básicos em botões de controle presentes do lado superior direito, que permite alternar a forma de visualização do caminho (substitui o Ctrl+L), e o botão de busca, para realizar pesquisas.

Também dos modos de exibição. A barra lateral que mostra os lugares em seu sistema, pode ser recolhida, ou seja oculta, e pode também mostrar os caminhos em forma de árvore. Basta usar um destes botões no rodapé do lado esquerdo. Muito legal.

O que poderia melhorar no Nemo:

O Nemo poderia vir com a visualização de miniaturas de imagens melhorada, pois sobra-se muito espaço entre as imagens quando usa-se o zoom na visualização. E poderia também haver visualização de miniaturas de dispositivos via MTP, como smartphones como o Deepin faz.

Abaixo, segue uma comparação de miniaturas entre o Nemo, Dolphin e Deepin-Files. (nesse quesito de tamanho e posição das miniaturas, o Dolphin é melhor)

  • Nemo

 

  • Dolphin

  • Deepin (visualizando conteúdo do Android)

 

5.3 – Visualizador de Imagens – XViewer

Isso é outra coisa que poderia melhorar. O Xviewer é simples e não possui muitos recursos para edições simples como corrigir, cortar, apenas girar e espelhar. Em comparação com o Visualizador de imagens do KDE, ou o Pantheon-photos, ele deixa a desejar. Mas como a proposta é ser minimalista, creio que ele cumpre o básico novamente.

5.4 – XViewer:

Como você pode ver é bem simples.

Deepin-Photos, e Pantheon-Photos:

Repare nos controles de edição presentes

Gwenview:

Aqui nem precisa reparar.

5.5 – Central de Aplicativos

O Gerenciador de Aplicativos (Mintinstall) também passou por algumas mudanças importantes. De acordo com os desenvolvedores, agora é 3 vezes mais rápido e já não usa o Webkit. Enquanto apenas navegar pelo software, os usuários não precisam mais inserir a senha administrativa. Só pede a senha para instalar pacotes de software, e o softwares populares são apresentados por padrão no slideshow.

Aplicativos populares, como Spotify, WhatsApp, Skype, Google Earth, Steam ou Minecraft, agora estão presentes e são muito fáceis de instalar.

A interface do usuário parece mais moderna e seu layout é inspirado pelo Gnome Software (Central de programas do Gnome). Ele está mais simples, porém mais consistente e se parece agora mais clean.

A outra mudança facilmente notável no Software Manager é a integração Flatpak (o Flatpak, assim como Snappy of Ubuntu, é um sistema de empacotamento diferente para sistemas operacionais “Linux”, onde permite aos desenvolvedores lançar seu software como um pacote único, com todas as suas dependências incluídas, de modo que seja garantido para executar em qualquer distribuição moderna do “Linux”. Uma desvantagem é que o tamanho do pacote pode crescer tremendamente em comparação com os pacotes tradicionais que compartilham bibliotecas).

Suporte ao Flatpak

Graças ao Flatpak, você pode instalar aplicativos mais recentes, mesmo que suas dependências não sejam compatíveis. O Linux Mint 18.3 vem com o Flatpak instalado por padrão e o novo Gerenciador de Software o suporta totalmente.

Uma seção é dedicada ao Flatpak e o Gerenciador de Software lista o conteúdo de cada controle remoto Flatpak:

Embora o Flathub esteja configurado por padrão, você pode modificar a lista de controles remotos. Se você adicionar novos, eles aparecerão no Gerenciador de Software.

Pacotes e flatpaks são completamente diferentes, mas no Gerenciador de Software, eles são apresentados da mesma maneira: são apenas aplicativos que você instala.

Os pacotes que você encontra na seção de Flatpaks são exatamente como outros aplicativos no Gerenciador de Software:

Você pode navegar em cada aplicativo, ver suas descrições, capturas de tela, pressionar o botão Instalar e iniciá-los da mesma forma que você instala outros aplicativos.

Uma vez instalados Flatpaks rodam em seu próprio ambiente e isoladamente. Eles não afetam o resto do sistema operacional.

Abaixo está app GNOME-Games 3.26 executando em seu próprio ambiente GTK 3.26. Este aplicativo não poderia ser executado no Linux Mint, pois não é compatível com o GTK 3.18.

O que poderia melhorar

O que eu definitivamente não gostei foi que os aplicativos que você instalou não vão para uma fila. Você precisa instalar um a um e esperar que cada um termine para ir para o outro. No caso de precisar instalar mais de um app de uma vez, prefiro usar o Gerenciador de pacotes Synaptic.

5.6 – Gerenciador de Atualizações

Quando se clica no ícone do Gerenciador de Atualizações que fica na área de notificação, ele mostra esta tela que lhe permite escolher perfis de atualizações que você deseja manter. Isso é algo recente e exclusivo do Mint. Eu escolhi a terceira opção “para atualizar tudo”.

5.7 – Backups com Backup Tool e Timeshift

5.7.1 – Backup Tool

Aqui está outro aspecto do Linux Mint, que foi significativamente melhorado no 18.3.

A Ferramenta de backup foi quase inteiramente reescrita. Tudo foi revisto: suas características, a maneira como ele se parece e a maneira como ele funciona.

Agora está dedicado a fazer um backup de seu diretório Home, nada a mais e nada a menos. Ele salva todos os seus arquivos em um arquivo tar. Ao restaurar um backup, os arquivos são restaurados no mesmo lugar que antes, com suas permissões e timestamps originais.

Ele é executado no modo de usuário para que você não precise mais digitar sua senha. As etapas necessárias para executar um backup ou para restaurar dados são muito mais simples do que antes e suas escolhas de configuração são lembradas para que você possa repetir backups muitas vezes sem a necessidade de re-selecionar as mesmas coisas todas as vezes.

Salvar sua seleção de software também é muito mais simples do que antes. Em vez de mostrar milhares de pacotes para escolher, a Ferramenta de backup agora simplesmente lista os pacotes que você instalou no Gerenciador de software.

5.7.2 – Timeshift – Snapshots do Sistema

O Timeshift é uma ferramenta dedicada aos snapshots do sistema sendo o companheiro perfeito para a Ferramenta de Backup. Ele não guarda seus dados pessoais, mas ele salva todo o resto.

Graças ao Timeshift, você pode criar backups do próprio sistema operacional.

Você excluiu arquivos do sistema por engano? Você pode recuperá-los. Você atualizou para uma versão mais recente e alguma coisa já não está funcionando bem? Você pode voltar no tempo.

Em preparação para o Linux Mint 18.3, a equipe de desenvolvimento trabalhou em cooperação com Tony George, o desenvolvedor do Timeshift, para melhorar a localização, suporte HiDPI, aparência e suporte, e suporte para o progresso da janela e diretórios criptografados. Se você já gostava do Timeshift antes, agora irá gostar ainda mais.

5.8 – System Reports

Uma nova ferramenta chamada “Relatórios do Sistema” foi desenvolvida para Linux Mint 18.3. Seu objetivo é gerar relatórios quando ocorrem falhas de software e mostrar informações relevantes para seu computador e seu ambiente. Quando ocorre uma falha, as informações são agora reunidas e um relatório de falhas é gerado.

A ferramenta “Relatórios do sistema” lista os falhas e é capaz de gerar traços de pilha para eles:

Quando os desenvolvedores não conseguem reproduzir um bug, essa informação é muito útil. Sempre foi muito difícil para os usuários não experientes produzir despejos de núcleo ou rastreios de pilha. Esta ferramenta ajuda muito com isso.

Relatórios de informação

Além dos relatórios de falhas, a ferramenta também pode mostrar relatórios de informações.

Ao contrário das notas de versão que mostram a mesma informação genérica a todos, os relatórios de informações são direcionados a usuários particulares, hardware específico, casos particulares. Cada relatório é capaz de detectar sua própria relevância com base em seu ambiente, na área de trabalho que está usando, na sua CPU, em suas placas gráficas … etc.

Demais aplicativos como os X-apps, não farei uma análise detalhada, mas sabe-se que nesta versão eles foram aprimorados.

Conclusão

Uma excelente Distro, muito polida, clean, com um conjunto excelente de aplicações que faz com que após a instalação não haja necessidade de se instalar muito mais coisas. Nesta versão 18.3 o Mint foi ainda mais lapidado, com destaque ao Gerenciador de Programas e suporte aos pacotes Flatpak. Gostei muito também de todas as opções da Central de Configurações do Sistema, tem muitas opções bacanas lá, e muitas opções de personalização, como tela de login, tela de bloqueio, painel, Área de trabalho, aparência dos temas de janelas e ícones com muitos detalhes, e muito da coleção embarcada de descansos de tela.

O Linux Mint é muito recomendado para usuários iniciantes no Linux e/ou quem está vindo do Windows. Tenho um amigo que usava apenas Windows, e em um notebook antigo, ele quis instalar um Linux para torná-lo utilizável novamente (já que o mesmo não suportava o Windows 10), e após testar algumas Distros, ele escolheu justamente o Mint e ele achou muito leve e sem travamentos por conta do hardware limitado de seu notebook.

Apesar do consumo de memória estar um pouco mais alto que sua versão anterior, isso não significa que ela esteja realmente pesada, apenas no padrão de outras distros que usam Gnome 3 ou derivados, e mesmo assim com uma performance elogiável. Mas com certeza ela pode melhorar ainda mais, na minha opinião, melhorando ou trazendo mais apps que se integram com as contas online, trazendo alguns recursos ao Nemo, ao visualizador de imagens e outros pequenos detalhes.

Mas Em Comparação Com Outras?

Cada distro tem suas próprias características, e não há necessariamente uma melhor que outra, apenas distros que agradam a diferentes tipos de usuários. Obviamente se você for um usuário que busca uma distro com muitos recursos e funcionalidades de ponta, certamente não irá gostar de uma distro mais clássica, mais conservadora. O Mint tem o melhor dos dois mundos e se torna, ao meu ver no “meio termo”. Ele não é tão arrojado assim, apesar de muitas funcionalidades bacanas, e não é tão conservador assim. Provavelmente por esse equilíbrio ele consiga atender uma gama maior de usuários, especialmente que buscam praticidade e sobriedade. Em contra partida ele permite que você o customize para ficar mais arrojado.

Se eu fosse comparar o Mint com o Ubuntu do qual ele se deriva, e com outras distros populares para Desktop como o Elementary OS, o Linux Deepin, o Mint apresenta uma força interessante, porém em linhas gerais, eu prefiro usar o Elementary OS, e o Deepin. Isso por causa da Central de Software dos dois, entre outros recursos, como o gerenciamento de janelas, comportamento usando múltiplas telas e assim por diante. No quesito conjunto de apps do Ambiente eu preferiria o Elementary OS, e no quesito funcionalidades e aparência Desktop eu preferiria o Deepin. Mas enfim, aí é questão de gosto. Uma pessoa que não liga muito para todos estes detalhes iria adorar o Mint.

O que eu mais gostei no Mint foi certamente a Central de Configurações e suas diversas possibilidades, os Desklets para a Área de trabalho integrados à Central de Configurações, bem como os applets, edição do painel, e outras diversas personalizações possíveis, todas integradas ao sistema. Para entender melhor do que eu estou falando, para personalizar mais detalhes do Ubuntu até a versão 16.04, era necessário instalar o Ubuntu-Tweak, ou o Unity-tweak-tool, se o ambiente do Ubuntu é o Gnome, precisa-se do app Gnome-tweak, no caso do Elementary OS, precisa do Elementary-tweak e assim por diante. Detalhes como botões das janelas, temas, fontes, e etc. Isso vem embutidos no Mint. Eu diria que minha Nota final seria um 9.6, enquanto Deepin 9.7, e Elementary 9.8. Claro que a nota poderia ser diferente se estivéssemos falando de usar o Linux Mint com o ambiente KDE.

Faltou alguma coisa ou algo está errado? Curta minha página e comente aí em baixo.

Gostou do Sistema? Quer testá-lo?

Download links

Instalou o Mint e quer saber o que fazer depois de instalado?

10 Coisas Para Fazer Depois de Instalar o Linux Mint 18.3 – Sylvia

Quer ver outros reviews das distros mencionadas?

Review Elementary OS 0.4 Loki

Review Linux Deepin 15.4

Obs. Em breve review do Ubuntu 18.04, estou apenas aguardando o lançamento.

É isso aí galera, aquele abraço!

Cleuber

fontes:
LinuxMint,
hecticgeek

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Cleuber Silva Hashimoto. Administrador

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