Bom dia galera.
Hoje, estou repassando praticamente na íntegra um artigo do site Linux Descomplicado sobre o uso do Linux integrado ao Windows, conforme a Microsoft disponibiliza através da camada de compatibilidade chamada de “Windows Subsystem for Linux”. Que é algo que eu já havia publicado aqui como fazer no Windows em 2016 quando ainda estava em fase beta.
Se você não sabia previamente sobre isso tudo, e já está um pouco confuso, saiba que é isso mesmo que você está imaginando, é rodar o Linux dentro do Windows de forma integrada ou seja, como parte do Windows, (sem utilização de máquina virtual).
Saiba mais:
Até agora a Microsoft tinha feito isso em parceria com a Canonical.
Mas o artigo do Linux Descomplicado fala sobre a expansão agora dessas parcerias com a Suse e Fedora, conforme divulgado na conferência Build 2017.
Então vamos ao artigo.
O impacto foi tão grande que diversas discussões a respeito foram criadas. A maioria delas, dizia respeito da intenção real da Microsoft em “levar” o Linux para seu sistema carro chefe, o Windows 10. Por outro lado, questionou-se a conduta da Canonical em “ceder” a essa parceria; já que a Microsoft historicamente nunca foi tão “parceira” assim.
De lá pra cá, a Microsoft “investiu” cada vez mais suas fichas no universo Open Source. Por exemplo, ela juntou-se à organização Linux Foundation, como membro Platinum, organização sem fins lucrativos que promove o crescimento do Linux e desenvolve o kernel. Como resultado dessa adesão, a Microsoft doará, por ano, US$ 500 mil para a financiar projetos mantidos e promovidos pela Linux Foundation.
Inclusive, antes disso, a Microsoft tinha divulgado o .NET Core 1.0 como open source (GitHub); a parceria com a Canonical para trazer Ubuntu para o Windows 10; tinha trabalhado com o FreeBSD para liberar uma imagem para o Azure; e depois de adquirir a Xamarin, a Microsoft abriu seu kit de desenvolvimento de software. Além disso, a Microsoft trabalha com empresas como a Red Hat, SUSE e outras para dar suporte às suas soluções em seus produtos. Além disso, já contribui para vários projetos; entre eles: Node.js Foundation, OpenDaylight, Open Container Initiative, R Consortium e Open API Initiative.
Eu sei… tudo pode parecer meio estranho. Tudo por conta da aversão da Microsoft, no passado, em apoiar e incentivar projetos open source, já tendo afirmado até que “Linux é um câncer“. Mas, as coisas mudaram!
FEDORA, OPENSUSE E UBUNTU NO WINDOWS STORE
Os frutos da conferência no ano passado (2016), resultaram no Windows Subsystem for Linux (WSL), uma camada de compatibilidade para executar executáveis binários do Linux (no formato ELF) nativamente no Windows. Disponível no Windows 10 desde agosto de 2016. Inicialmente, devido a parceria com a Canonical, somente as ferramentas e utilitários Ubuntu executavam, “nativamente”, sobre o WSL.
Mas, agora, com esse anúncio de hoje (11), além do Ubuntu, Fedora e openSUSE também rodarão, oficialmente, sobre a camada do WSL no Windows 10. Antes disso, sem nenhuma nota oficial da Microsoft, Hannes Kühnemund que é Product Manager da SUSE Linux Enterprise, divulgou, no blog da empresa, os procedimentos para executar o bash do OpenSUSE no Windows 10 usando os mesmos recursos que permitem rodar o bash do Ubuntu nele. Seria um presságio?
Além disso, “num tiro só” a Microsoft anunciou que o Ubuntu estará disponível na loja oficial do Windows (Windows Store). O objetivo, nessa ação, é tornar mais fácil para os desenvolvedores instalarem as ferramentas e executar aplicativos do Windows e Linux concomitantemente. Futuramente, o Fedora e openSUSE acabarão por ficar disponíveis na loja do Windows, também.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atualmente, trabalhando com outras empresas de Linux, não apenas a Canonical, mostra que o acordo, no passado, feito entre a Microsoft e a Canonical não foi um caso único. Mas, sim, parte de um investimento de longo prazo no mundo Linux.
Mais recursos ao Windows Subsystem for Linux – WSL são adicionados a cada lançamento de versões do Windows 10. A Microsoft considera a WSL principalmente como uma ferramenta para desenvolvedores. Especialmente, desenvolvedores web e aqueles que trabalham em ou com projetos open source.
Assim, neste evento Build 2017, ficou claro que a Microsoft e líderes de sistemas Linux como a Canonical, Fedora e a SUSE estão prontos para trabalhar juntos; permitindo que os desenvolvedores permaneçam na plataforma Windows e ainda usem ferramentas Linux. Por outro lado, isso também torna as coisas mais interessantes para a área da educação.
O novo sistema operacional da Microsoft, lançado recentemente, o Windows 10 S, projetado para estudantes, só poderá executar aplicativos da loja do Windows (Windows Store). Se os alunos precisarem executar algumas lições no Linux, podem fazê-las a partir do próprio Windows. Ou seja, um único sistema, no caso o Windows 10 S, poderá servir como um ambiente seguro para aprender tanto o sistema operacional da Microsoft quanto o Linux – sem uso de dual boot.
Agora, basta saber se isso beneficiará somente a Microsoft ou fortalecerá cada vez o universo Linux.
Via: Linux Descomplicado
Abraços,
Cleuber